Hoje sou um poço de coragem
Amanhã é uma nova viagem
Neste mundo cada vez mais distante
Onde há quem chore e quem cante
Pela sua vida ter sido uma razia
Ou talvez ter salto a fasquia
Do sucesso ou ousadia
Terras de ténue fronteira
Como rir e estar apaixonado
Ser um riso amaldiçoado
Que baloiça em olhos castos
Caindo em pensamentos nefastos
Deita em lágrimas a alma
Beijo-a chamando pela calma
Que troça e foge de mim
Pelo que sou e ter coragem do ser assim
Na vida de um Eduardo.
Palavras guardadas
sábado, agosto 28, 2004
sexta-feira, agosto 27, 2004
Voltar a casa
Vou voltar para casa
Ler o mapa que me leva ao coração
Vou fugir da terra da incerteza
Que se torna em cada dia uma prisão
Vou dar de beber a alma
Que de perdida esquecia-se de estar sedenta
Dilui-te no néctar da calma
Mata a sede e mais alimenta
Vou voltar aos tempos que já não voltam
Viver o que já não posso viver
Não recordo de forma alguma o passado
Sim, ter uma razão para crescer
Vou ouvir a minha voz
Mais alto do que qualquer outro som
Ignorar toda a melodia atroz
Que não afine com este meu tom
Vou mais que tudo olhar em frente
Sentir o que deveras se sente
De volta ao meu coração
Onde a incerteza é uma ilusão
Ler o mapa que me leva ao coração
Vou fugir da terra da incerteza
Que se torna em cada dia uma prisão
Vou dar de beber a alma
Que de perdida esquecia-se de estar sedenta
Dilui-te no néctar da calma
Mata a sede e mais alimenta
Vou voltar aos tempos que já não voltam
Viver o que já não posso viver
Não recordo de forma alguma o passado
Sim, ter uma razão para crescer
Vou ouvir a minha voz
Mais alto do que qualquer outro som
Ignorar toda a melodia atroz
Que não afine com este meu tom
Vou mais que tudo olhar em frente
Sentir o que deveras se sente
De volta ao meu coração
Onde a incerteza é uma ilusão
terça-feira, agosto 24, 2004
Oceano existencial
Longo oceano distante é a vida
Desejada aventura que termina perdida
Numa costa abrupta e rochosa
Outrora praia doce e arenosa
Onde as ondas agora se enfurecem
Por ver que as forças da natureza perecem
Ao viajante incansável que é o tempo
Que tem a razão de cada momento
Neste longo oceano distante....
Dando por vezes a sensação de deriva
Esquecendo-se que a esperança se mantêm viva
Nestas águas que o importante não é mudar
Sim continua-lo a ser e novamente criar
Desejada aventura que termina perdida
Numa costa abrupta e rochosa
Outrora praia doce e arenosa
Onde as ondas agora se enfurecem
Por ver que as forças da natureza perecem
Ao viajante incansável que é o tempo
Que tem a razão de cada momento
Neste longo oceano distante....
Dando por vezes a sensação de deriva
Esquecendo-se que a esperança se mantêm viva
Nestas águas que o importante não é mudar
Sim continua-lo a ser e novamente criar
domingo, agosto 22, 2004
Biografia 19
Eu sou o que sou
Eu sei o que sou
Antes de o ser, já o era
Pelas ideias, pelos actos
Pelas razões, pelos factos
Por criar e não fazer
Estar cego e no entanto ver
A grandeza do que é pequeno
A pequenez do que é grande
Nasce-se pequeno, morre-se grande
Pelo meio a estupidez se expande
De baixo para cima
Da direita para esquerda
Como um livro que se abre
Sem conter uma única letra
Devoradas pelos meus olhos
Por os outros também
Os intelectuais que usam óculos
Para pensarmos que vêem bem
Ao lerem os sonhos dos que sonham
Tornando-os assim mais pequenos
Sem qualquer tipo de grandeza
Grande adversidade, pequena certeza
Porque assim não o sou
E talvez não o seja....
Eu sei o que sou
Antes de o ser, já o era
Pelas ideias, pelos actos
Pelas razões, pelos factos
Por criar e não fazer
Estar cego e no entanto ver
A grandeza do que é pequeno
A pequenez do que é grande
Nasce-se pequeno, morre-se grande
Pelo meio a estupidez se expande
De baixo para cima
Da direita para esquerda
Como um livro que se abre
Sem conter uma única letra
Devoradas pelos meus olhos
Por os outros também
Os intelectuais que usam óculos
Para pensarmos que vêem bem
Ao lerem os sonhos dos que sonham
Tornando-os assim mais pequenos
Sem qualquer tipo de grandeza
Grande adversidade, pequena certeza
Porque assim não o sou
E talvez não o seja....
quinta-feira, agosto 19, 2004
Poesia
As aves são os olhos do poeta
Voa no céu do Olimpo
Vislumbra o vale da fantasia
Sobre o pedestal imaculado
Leva nas suas asas o sonho
Preso ao brilho das estrelas
Que esquece e não sente
A doce dor da alma
Jamais enganada pelo ouro dos loucos
Pois é tempo de conhecer o tempo
Rasga a canção de embalar
Traulitada pelas areias ilusórias
Desperta! E vê
Olha o céu de olhos fechados
Como quem com eles abertos não vê
Voa no céu do Olimpo
Vislumbra o vale da fantasia
Sobre o pedestal imaculado
Leva nas suas asas o sonho
Preso ao brilho das estrelas
Que esquece e não sente
A doce dor da alma
Jamais enganada pelo ouro dos loucos
Pois é tempo de conhecer o tempo
Rasga a canção de embalar
Traulitada pelas areias ilusórias
Desperta! E vê
Olha o céu de olhos fechados
Como quem com eles abertos não vê
quarta-feira, agosto 18, 2004
Fernando Pessoa
Pessoa....quem és tu Pessoa?
De onde vens........
Sentado aqui
Tão longe de ti
Escreves o quê pessoa?
Envolvido na capa negra
Olhos que alumiam
O teu mundo de solidão
Porque tremes pessoa?
Ai pela pena, felicidade
Cores do arco íris
O sorriso duma criança
Onde vais Pessoa?
Espera, amiga sombra
Agora sei.....
« Não evoluo, viajo »
De onde vens........
Sentado aqui
Tão longe de ti
Escreves o quê pessoa?
Envolvido na capa negra
Olhos que alumiam
O teu mundo de solidão
Porque tremes pessoa?
Ai pela pena, felicidade
Cores do arco íris
O sorriso duma criança
Onde vais Pessoa?
Espera, amiga sombra
Agora sei.....
« Não evoluo, viajo »
segunda-feira, agosto 16, 2004
Epopeia do pescador
Na calada da noite
Vão os pescadores para o mar
Com as suas redes
Os filhos para ensinar
Ouve-se o respirar profundo da ondas
Sentido pelo receio dos homens
A brisa embala o Adamastor
Deitado nos rochedos monstruosos
Vai saga da tradição!
Na tua faina pescador!
A família ficou na costa
Procurando tu rotas para terra
Contas as tuas peregrinações
Pelo paraíso dos homens
Viste a mãe natureza
Atear fogo aos céus
Na euforia desmedida
Despertas os imperadores da história
Continuas violentamente a remar
Pelas águas escuras e temerosas
Por fim
Naufragaste na abundância
Já não havia para pescar
Voltas a casa desiludido
Cheio de histórias para contar
Vão os pescadores para o mar
Com as suas redes
Os filhos para ensinar
Ouve-se o respirar profundo da ondas
Sentido pelo receio dos homens
A brisa embala o Adamastor
Deitado nos rochedos monstruosos
Vai saga da tradição!
Na tua faina pescador!
A família ficou na costa
Procurando tu rotas para terra
Contas as tuas peregrinações
Pelo paraíso dos homens
Viste a mãe natureza
Atear fogo aos céus
Na euforia desmedida
Despertas os imperadores da história
Continuas violentamente a remar
Pelas águas escuras e temerosas
Por fim
Naufragaste na abundância
Já não havia para pescar
Voltas a casa desiludido
Cheio de histórias para contar
domingo, agosto 15, 2004
Palavra
Pecado da ilusão
Muitas acompanhadas pela solidão
Vivem nos braços da sedução
Esvoaçam como penas no coração
São escritas no papel frio
Velhas amigas do desafio
Pintam os sonhos que crio
Dando um nome ao que é vazio
É a melodia harmoniosa
Bela por ser silenciosa
Senhora sempre gloriosa
Heroína da causa vitoriosa
Muitas acompanhadas pela solidão
Vivem nos braços da sedução
Esvoaçam como penas no coração
São escritas no papel frio
Velhas amigas do desafio
Pintam os sonhos que crio
Dando um nome ao que é vazio
É a melodia harmoniosa
Bela por ser silenciosa
Senhora sempre gloriosa
Heroína da causa vitoriosa
domingo, agosto 01, 2004
Outono da vida
Chegou a negra Primavera
Pequena folha
És pálida e seca
Na mão do tempo
Temes a brisa da solidão
Sabes que vais partir pequena folha
Repousas nos braços da tua mãe
Tirando proveito da sorte
Acordas inquieta e dura
Caída no chão pequena folha
Rodopias com as tuas irmãs
Com saudade da verdura
Pequena folha...........
Pequena folha
És pálida e seca
Na mão do tempo
Temes a brisa da solidão
Sabes que vais partir pequena folha
Repousas nos braços da tua mãe
Tirando proveito da sorte
Acordas inquieta e dura
Caída no chão pequena folha
Rodopias com as tuas irmãs
Com saudade da verdura
Pequena folha...........
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